quinta-feira, 31 de maio de 2007

TV Brasil no ar!

A TV Brasil executará, neste ano, o que restou do orçamento de R$ 220 milhões dos extintos canais estatais. Há expectativa que, além dos R$ 350 milhões já garantidos, um fundo do Ministério da Cultura para produção audiovisual possa dar mais R$ 80 milhões.
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O futuro
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A TV vai estar também na internet no endereço www.tvbrasil.org.br, graças a uma parceria com a Rede Nacional de Pesquisa, ligada às universidades. Em dois meses, deve ser inaugurada a sede da TV Brasil em São Paulo, com tecnologia digital e analógica. Quando a TV digital estiver operando no Rio, em abril, as transmissões já serão feitas com a nova tecnologia.
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A rede pública nasce da fusão entre a TVE do Rio e a Radiobrás, estatal federal. Em um único canal, vai mesclar o conteúdo que já é exibido separadamente em cada uma dessas empresas. Da TVE, permanecem atrações como Observatório da Imprensa, Sem Censura, Conexão Roberto Dávila e Um Menino Muito Maluquinho. A Radiobrás contribuirá com Ver TV e Diálogo Brasil.
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Só em março deve ir ao ar a primeira leva de programação própria e o logotipo "TV Brasil". Por enquanto, telespectadores de Rio, Brasília e São Luís verão os símbolos da Radiobrás e da TVE na tela. Ainda não há data para chegar aos outros estados. As emissoras locais ainda não definiram se e como vão transmitir o conteúdo federal. O sinal será analógico, à exceção de São Paulo, o único lugar que terá TV digital a partir de domingo.
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Rebatendo críticas
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Na sexta-feira passada, o ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, e o ministro da Cultura, Gilberto Gil, gravaram na sede da TVE, no Rio, uma entrevista à jornalista Ivana Bentes explicando os rumos da TV Brasil.
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Para Franklin, riscos de interferência política existem - e justamente por isso foi criado o conselho de notáveis para fiscalizar se a TV está cumprindo o seu papel. "Acho que as outras emissoras deveriam fazer como a TV pública e ter um conselho com poder até para demitir o presidente da TV", provocou.
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Gilberto Gil disse que os rumos da TV Brasil são ditados pelo interesse público e não pela "Bolsa de Valores ou por interesses particulares". Na TVE, ele e Franklin responderam a perguntas de convidados. A mais incisiva foi a do escritor João Ubaldo Ribeiro, que disse temer que a TV Brasil sofra muita interferência do governo. Ubaldo ainda acrescentou: "Eu desconfio desta TV pública".
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Até março, enquanto fica no ar uma grade de programação provisória, serão entrevistados telespectadores comuns das cinco regiões do país para que digam ao que gostariam de assistir na rede pública. Haverá ênfase na interatividade. A vinheta-slogan da TV Brasil será: "TV Brasil, você escolhe, você programa, você assiste".

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