A “felicidade é a prova dos nove”, do manifesto antropofágico. Felipe Redó, do CUCA da UNE, se apoia nisso para pensar o futuro, o próprio e o do país. Representa o otimismo da juventude atual, marcado entretanto por forte consciência crítica, mais a compreensão aguda do papel da cultura. Coisa, por exemplo, que minha juventude não teve tão marcante, em meio a uma ditadura feroz que fazia com que opções políticas – no caso pelo partido comunista – implicasse estar aberto para a possibilidade (muito tangível) de tortura e morte.
Por isso, talvez, trago sempre às páginas do blog esse assunto e esses personagens. Eles são o sucedâneo do relançamento nacional do fim dos anos 50, do otimismo da Copa de 58, a bossa nova, o cinema novo, o CPC da UNE… Os amigos Guarnieri, Viana, tantos e tantos. Há outro motivo, porém. Expresso no Rasga Coração, de Vianinha, ou em Eles não usam black-tie, de Guarnieri: nem sempre o novo é revolucionário, nem sempre o velho é conservador.
O que acho marcante em Felipe e todos os outros que já compareceram ou comparecerão nestas conversas culturais e acadêmicas é isso: a capacidade da juventude em expressar o novo sem perder de vista o perene. O perene é a nação, o povo, a democracia, a cidadania. Eles estão nessa.
Leia aqui a entrevista de Fellipe Redó para o blog do Sorrentino