Estamira, o preço da fama
Sentada no sofá de sua casa, Estamira Gomes de Sousa nem parece a mesma protagonista do documentário que recebeu o seu primeiro nome. Com voz mansa e olhar esmorecido, a ex-catadora de lixo do aterro sanitário Jardim Gramacho passa os dias transitando da cama para o sofá, do sofá para a cama. Só sai para ir ao médico. Prestes a completar 67 anos no dia 7 de abril, carrega em seu corpo exausto as dores de mais de 20 anos de árdua labuta no lixão. Foi lá, no maior aterro da América Latina, que Estamira saiu do anonimato para se tornar a feiticeira, a louca, a dama do Apocalipse. A filósofa. "Eu nem sei o que é filósofa", responde ao ser informada do título que recebeu de alguns críticos.
Por Milene Pacheco, para a revista Carta Capital
Por Milene Pacheco, para a revista Carta Capital
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe sua mensagem