terça-feira, 31 de julho de 2007

Pontos de Cultura pensam juntos a trama de uma rede nacional

Principal objetivo é consolidar o Fórum Nacional dos Pontos de Cultura. Para Tiago Alves, do CUCA, a UNE tem fundamental importância neste processo, com seus 70 anos de tradição

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A terça-feira do dia 8 de novembro logo vai ser lembrada como o marco inicial para a unidade cultural brasileira, com a realização do primeiro Fórum Nacional dos Pontos de Cultura, evento paralelo à Teia 2007. A chuva fina que caía sobre o Parque Municipal de Belo Horizonte, no centro da cidade, nem de longe atrapalhou a atmosfera de união e vontade política presentes entre as diversas pessoas dos mais de 600 Pontos espalhados pelo país.
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Para o integrante da coordenação nacional do CUCA, Alexandre Santini, do grupo carioca Tá na Rua e representante dos Pontos nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, o momento é histórico na formação dos Pontos de Cultura. "É uma situação de transição, em que os Pontos deixam de ser somente um programa do governo federal e passam a ser um movimento social, político, com autonomia", enfatiza.
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O primeiro passo deste Fórum é consolidar uma rede de cultura para obter força política capaz de tomar as rédeas na organização das Teias daqui pra frente. "É um desafio que está sintetizado aqui no Fórum Nacional dos Pontos de Cultura. A Teia não foi pensada pelos Pontos, é uma manifestação organizada pelo Ministério da Cultura. A gente espera que, já em 2008, nós possamos conceber e organizar o evento", complementa Santini.
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Também presente, o coordenador geral do CUCA, Tiago Alves, vai além: "Tenho a certeza que vai sair daqui um Fórum e é ele que vai conduzir a próxima Teia, que já tem lugar marcado na cidade de Brasília", adianta.
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Além da abertura do Fórum, ocorreram as plenárias regionais, apontando os interlocutores de cada região. Na sexta-feira (9), haverá debates pela manhã e à tarde os grupos temáticos, que representam redes específicas, como a dos estudantes, juventude, quilombolas, indígenas, entre outras, vão construir suas estratégias de funcionamento e ações.
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CUCA’s
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Segundo Tiago Alves, o CUCA tem papel fundamental na construção dessa sonhada unidade. "Temos uma particularidade, somos uma rede dentro da rede. Estamos em vários estados, temos dez Pontos de Cultura e já promovemos um diálogo em nível nacional. Temos muito a acrescentar com a experiência de 70 anos da UNE como movimento social e político", avalia.
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Hoje, os Pontos mantêm uma interlocução individual com o Ministério da Cultura. A partir da realidade que vem se concretizando com o Fórum, esse diálogo adquire uma força antes não existente. "O Fórum aponta uma saída eminentemente política. Os pontos vão voltar para seus respectivos estados sabendo que agora existe um instrumento de organização nacional", comemora Tiago.
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Fred Tonucci

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