Orlando Senna fala da vocação audiovisual dos Pontos de Cultura
Em entrevista eclusiva ao site da TEIA2007, o Secretário do Audiovisual do MinC fala da articulação de sua pasta no Programa Cultura Viva e do papel de protagonismo comunitário dos Pontos de Cultura.
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Em entrevista exclusiva ao site da TEIA 2007, o Secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura, o cineasta baiano Orlando Senna, salientou a vocação audiovisual dos Pontos de Cultura do Projeto Cultura Viva: “são espaços de convergência de público, portanto ideais para se tornarem exibidores no formato cineclubista digital que a Programadora Brasil já viabiliza, são espaços onde saberes são empenhados na elaboração de artes que estão presentes em toda a cadeia da produção cinematográfica, no sentido amplo. Espaços potenciais para o surgimento e desenvolvimento de roteiristas, cenógrafos, iluminadores, atores, compositores de trilhas, e toda a sorte de profissionais que se agregam à extensa, diversificada e complexa cadeia de produção audiovisual, que é aquela que, sem dúvida, mais gerará riquezas nesta sociedade de consumo de bens simbólicos que está amadurecendo agora, neste exato momento em que se exaurem os recursos da sociedade que sacralizou o consumo de bens materiais. Isso sem falar das possibilidades experimentais de linguagem, de técnica e de mídias e formatos que se viabilizam com a aproximação das políticas de inclusão digital dos Pontões Digitais”.
Em entrevista exclusiva ao site da TEIA 2007, o Secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura, o cineasta baiano Orlando Senna, salientou a vocação audiovisual dos Pontos de Cultura do Projeto Cultura Viva: “são espaços de convergência de público, portanto ideais para se tornarem exibidores no formato cineclubista digital que a Programadora Brasil já viabiliza, são espaços onde saberes são empenhados na elaboração de artes que estão presentes em toda a cadeia da produção cinematográfica, no sentido amplo. Espaços potenciais para o surgimento e desenvolvimento de roteiristas, cenógrafos, iluminadores, atores, compositores de trilhas, e toda a sorte de profissionais que se agregam à extensa, diversificada e complexa cadeia de produção audiovisual, que é aquela que, sem dúvida, mais gerará riquezas nesta sociedade de consumo de bens simbólicos que está amadurecendo agora, neste exato momento em que se exaurem os recursos da sociedade que sacralizou o consumo de bens materiais. Isso sem falar das possibilidades experimentais de linguagem, de técnica e de mídias e formatos que se viabilizam com a aproximação das políticas de inclusão digital dos Pontões Digitais”.
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A respeito da participação de sua secretaria no Cultura Viva, Orlando Senna lembrou que “o programa é feito em conjuminância (gosto desta palavra) com os demais setores do Ministério da Cultura, uns mais outros menos, até pelas características de cada um deles. Há muitíssimo envolvimento por parte da Secretaria do Audiovisual, mesmo porque, dos 680 Pontos de Cultura instalados até este momento, 20% tem opção predominante pelo desenvolvimento de projetos ligados ao audiovisual. Além disso, há outros programas da nossa secretaria que funcionam sempre em articulação com os Pontos de Cultura, como o exemplo do Programa de Difusão Digital que, só no ano passado, distribuiu 100 equipamentos de exibição para cineclubes e espaços públicos de exibição, transformando-os em Pontos de Difusão Digital, em articulação com os Pontos de Cultura, ampliando a rede e tornando-os naturais e potenciais candidatos a serem também Pontos de Cultura. Outro exemplo é o da Programadora Brasil, que cada vez se articula mais com os Pontos de Cultura”.
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Segundo o secretário, o envolvimento da comunidade deve ser a tônica central da atuação dos Pontos de Cultura. Deve constituir-se no alicerce do protagonismo dos pontos a comunidade entendida em amplo sentido, realmente articulada em sua complexidade de identidades e manifestações. Senna ilustrou esta premissa com um exemplo de sua terra natal, Afrânio Peixoto, município de Lençóis, na Chapada Diamantina, onde surge um Ponto de Cultura que terá a possibilidade de “produzir e difundir o registro audiovisual não só das manifestações culturais populares da região, como também o registro dos saberes dos velhos do lugar e fazer a relação disso tudo com a cultura religiosa local que é única, que só existe ali (um jarê – faceta da Umbanda – ligado à pedra e à montanha, num culto à montanha e ao diamante e a uma entidade que é a Sorte), tão exclusiva e bem caracterizada que concorre em sua unicidade para a diversidade cultural da humanidade. Uma manifestação que, no entanto, pode desaparecer. O protagonismo deste Ponto que lá surge, como o de cada outro espalhado pelo Brasil, deverá ser o de atuar orientado para a sua comunidade, para a valorização e fortalecimento amplo de sua identidade”.
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(*) Depoimentos tomados em encontros durante o III Seminário Internacional de Cinema e Audiovisual, ocorrido entre 9 e 14 de julho em Salvador. Outras declarações do secretário naquela ocasião podem ser lidas em www.culturaemercado.com.br/setor.php?setor=4&pid=3124
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